GUITARRISTA & COMPOSITOR DO THE WHO FAZ 71 ANOS
A banda que começou no início dos anos 60 como The Detours e se tornou The High Numbers por influência do empresário acabou fazendo sucesso com o curioso nome de The Who. Pete Townshend, idealizador e líder da banda, é o cara que quebrava guitarras antes do Jimi Hendrix, que misturava pop art com rock antes do Velvet Underground e Andy Warhol e tocava rock furioso e distorcido de 3 acordes com letras de protesto uma década antes do movimento punk. Um gênio polêmico, com frases venenosas, merece que se comemore seus 70 anos.
Por isso, listamos 10 motivos que fazem dele o maior visionário do rock britânico. Parabéns, Pete!
Relevância geral
Townshend fez parte de uma geração de músicos que, após a “morte” do rock ‘n’ roll no fim da década de 1950, ajudou, ao lado de bandas como Beatles, Rolling Stones, Kinks, Small Faces, Animals, Yardbirds, Cream, Beach Boys e The Doors , a consolidar o alicerce de grande parte do que viria ser feito na música pop a partir daí.
Barulho
Ele foi um grande pioneiro do barulho, colocando propositadamente ruídos, microfonia e distorção no meio das músicas. O estardalhaço no final das apresentações também se tornou característica dos shows do The Who e foi levado adiante por bandas do hard rock setentista como o AC/DC.
Em 1976, o livro dos recordes mediu 126 decibéis em uma apresentação do Who, concedendo à banda a marca de show mais barulhento de todos os tempos, tomando o título que pertencia ao Deep Purple.
Inovação tecnológica
Para possibilitar o som cheio e enérgico do The Who, o guitarrista do foi um dos responsáveis pela criação do amplificador Marshall de 100 watts, junto do baixista John Entwistle. A invenção do inglês Jim Marshall se tornaria o modelo mais popular da história do rock e se deve em parte à insistência de Pete e John, que queriam uma parede de som mais potente. Os músicos do Who compraram os primeiros exemplares por 160 libras cada.
Postura
Pete foi um dos criadores da postura roqueira que se formou no imaginário coletivo, quebrando instrumentos no palco, pulando e rodando o braço direito como um moinho de vento. Assim, se tornou um dos criadores da imagem do “guitar hero'' furioso e implacável adotada por tantos outros artistas, de Jimi Hendrix a Eddie Van Halen.
Audição
Outra ação visionária tomada por ele foi a criação do H.E.A.R. (Hearing Education and Awareness for Rockers), uma instituição sem fins lucrativos que visa conscientizar músicos e apreciadores de música dos efeitos nocivos da exposição a barulhos muito altos. Não é para menos que ele perdeu parte de sua audição após o baterista Keith Moon explodir seu bumbo com uma bomba caseira em um show na TV americana.
Arte Moderna
Pete Townshend foi estudante de arte e levou conceitos de vanguarda para o rock, um gênero que até então não nutria grandes pretensões intelectuais. A mistura da pop art com o rock ‘n’ roll repercutiu tanto na estética da banda, que ressignificava símbolos como a bandeira do Reino Unido, quanto no próprio som. As experimentações da banda com ruídos e microfonias traziam o abstracionismo ao rock pela primeira vez.
O próprio ato de quebrar guitarras, uma das fontes da notoriedade do The Who no início da carreira, foi inspirado nos conceitos do artista conceitual alemão Gustav Metzger, e sua “arte auto-destrutiva'', exibida pela primeira vez em 1960.
Ajudou a inventar o punk
O guitarrista do The Who, com sua sonoridade crua, simples e direta, acabou por inventar o punk uma década antes do próprio movimento. Se os itens anteriores já não explicam, basta ouvir “My Generation”: a receita está toda ali, tanto no rock feroz e simples, como na letra agressiva sobre o choque de gerações. Não é coincidência que Sex Pistols, Ramones e outros ícones do punk rock gravaram covers do The Who.
“Tenho certeza que inventei o punk, mas ele me deixou para trás'', disse Townshend à revista “Rolling Stone'' em 1977.
Influenciou o heavy metal
Outro gênero que Pete Townshend ajudou a moldar o heavy metal, apesar de odiar declaradamente o termo. Os shows ao vivo do The Who no final dos anos 60 prenunciavam os excessos de decibéis, cabeleiras e grandiosidade que definiriam o estilo durante a década seguinte. O melhor exemplo disso é o ensurdecedor disco ao vivo “Live At Leeds'', de 1970.
Riffs clássicos
A relevância de Pete para o rock ‘n’ roll se deve também aos riffs marcantes e solos agressivos que ele emplacou com o The Who em clássicos como “My Generation”, “Won’t Get Fooled Again” e “I Can’t Explain”.
Opera rock
“Tommy” talvez não tenha sido a primeira opera rock. Ray Davies, dos Kinks, e os Pretty Things já haviam iniciado experiências semelhantes em “Arthur” e “SF Sorrow”, mas Townshend levou a ideia até o final no álbum de 1969. O disco conceitual conta a história de Tommy, um garoto cego e surdo que se torna um verdadeiro ás no pinball. Depois disso, ele tentou uma segunda opera rock chamada “The Life House” que, no entanto, tinha um conceito tão complexo que nem a banda, nem os empresários, nem a gravadora conseguiram entender.
O que sobrou do trabalho se transformou no álbum “Who’s Next”, uma das obras primas do The Who. Uma segunda opera rock mais simples, “Quadrophenia”, também foi um marco na carreira da banda e alavancou o revival do movimento mod, associado à banda em sua primeira fase.
Extraído:
ROUTE 66 - CLASSIC ROCK RADIO
A banda que começou no início dos anos 60 como The Detours e se tornou The High Numbers por influência do empresário acabou fazendo sucesso com o curioso nome de The Who. Pete Townshend, idealizador e líder da banda, é o cara que quebrava guitarras antes do Jimi Hendrix, que misturava pop art com rock antes do Velvet Underground e Andy Warhol e tocava rock furioso e distorcido de 3 acordes com letras de protesto uma década antes do movimento punk. Um gênio polêmico, com frases venenosas, merece que se comemore seus 70 anos.
Por isso, listamos 10 motivos que fazem dele o maior visionário do rock britânico. Parabéns, Pete!
Relevância geral
Townshend fez parte de uma geração de músicos que, após a “morte” do rock ‘n’ roll no fim da década de 1950, ajudou, ao lado de bandas como Beatles, Rolling Stones, Kinks, Small Faces, Animals, Yardbirds, Cream, Beach Boys e The Doors , a consolidar o alicerce de grande parte do que viria ser feito na música pop a partir daí.
Barulho
Ele foi um grande pioneiro do barulho, colocando propositadamente ruídos, microfonia e distorção no meio das músicas. O estardalhaço no final das apresentações também se tornou característica dos shows do The Who e foi levado adiante por bandas do hard rock setentista como o AC/DC.
Em 1976, o livro dos recordes mediu 126 decibéis em uma apresentação do Who, concedendo à banda a marca de show mais barulhento de todos os tempos, tomando o título que pertencia ao Deep Purple.
Inovação tecnológica
Para possibilitar o som cheio e enérgico do The Who, o guitarrista do foi um dos responsáveis pela criação do amplificador Marshall de 100 watts, junto do baixista John Entwistle. A invenção do inglês Jim Marshall se tornaria o modelo mais popular da história do rock e se deve em parte à insistência de Pete e John, que queriam uma parede de som mais potente. Os músicos do Who compraram os primeiros exemplares por 160 libras cada.
Postura
Pete foi um dos criadores da postura roqueira que se formou no imaginário coletivo, quebrando instrumentos no palco, pulando e rodando o braço direito como um moinho de vento. Assim, se tornou um dos criadores da imagem do “guitar hero'' furioso e implacável adotada por tantos outros artistas, de Jimi Hendrix a Eddie Van Halen.
Audição
Outra ação visionária tomada por ele foi a criação do H.E.A.R. (Hearing Education and Awareness for Rockers), uma instituição sem fins lucrativos que visa conscientizar músicos e apreciadores de música dos efeitos nocivos da exposição a barulhos muito altos. Não é para menos que ele perdeu parte de sua audição após o baterista Keith Moon explodir seu bumbo com uma bomba caseira em um show na TV americana.
Arte Moderna
Pete Townshend foi estudante de arte e levou conceitos de vanguarda para o rock, um gênero que até então não nutria grandes pretensões intelectuais. A mistura da pop art com o rock ‘n’ roll repercutiu tanto na estética da banda, que ressignificava símbolos como a bandeira do Reino Unido, quanto no próprio som. As experimentações da banda com ruídos e microfonias traziam o abstracionismo ao rock pela primeira vez.
O próprio ato de quebrar guitarras, uma das fontes da notoriedade do The Who no início da carreira, foi inspirado nos conceitos do artista conceitual alemão Gustav Metzger, e sua “arte auto-destrutiva'', exibida pela primeira vez em 1960.
Ajudou a inventar o punk
O guitarrista do The Who, com sua sonoridade crua, simples e direta, acabou por inventar o punk uma década antes do próprio movimento. Se os itens anteriores já não explicam, basta ouvir “My Generation”: a receita está toda ali, tanto no rock feroz e simples, como na letra agressiva sobre o choque de gerações. Não é coincidência que Sex Pistols, Ramones e outros ícones do punk rock gravaram covers do The Who.
“Tenho certeza que inventei o punk, mas ele me deixou para trás'', disse Townshend à revista “Rolling Stone'' em 1977.
Influenciou o heavy metal
Outro gênero que Pete Townshend ajudou a moldar o heavy metal, apesar de odiar declaradamente o termo. Os shows ao vivo do The Who no final dos anos 60 prenunciavam os excessos de decibéis, cabeleiras e grandiosidade que definiriam o estilo durante a década seguinte. O melhor exemplo disso é o ensurdecedor disco ao vivo “Live At Leeds'', de 1970.
Riffs clássicos
A relevância de Pete para o rock ‘n’ roll se deve também aos riffs marcantes e solos agressivos que ele emplacou com o The Who em clássicos como “My Generation”, “Won’t Get Fooled Again” e “I Can’t Explain”.
Opera rock
“Tommy” talvez não tenha sido a primeira opera rock. Ray Davies, dos Kinks, e os Pretty Things já haviam iniciado experiências semelhantes em “Arthur” e “SF Sorrow”, mas Townshend levou a ideia até o final no álbum de 1969. O disco conceitual conta a história de Tommy, um garoto cego e surdo que se torna um verdadeiro ás no pinball. Depois disso, ele tentou uma segunda opera rock chamada “The Life House” que, no entanto, tinha um conceito tão complexo que nem a banda, nem os empresários, nem a gravadora conseguiram entender.
O que sobrou do trabalho se transformou no álbum “Who’s Next”, uma das obras primas do The Who. Uma segunda opera rock mais simples, “Quadrophenia”, também foi um marco na carreira da banda e alavancou o revival do movimento mod, associado à banda em sua primeira fase.
Extraído:
ROUTE 66 - CLASSIC ROCK RADIO
Rock, Blues, Folk & Psychedelic Music
The Spirit of The 50´s, 60´s and 70´s, Rare, Raw & Rediscovered - We're Back !!
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